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07-11-2014

“Acha que esta música não lhe interessa? Experimente!”



Entramos numa sala de ensaios vazia. Cadeiras vazias. Estantes de partituras vazias. Acompanha-nos um maestro. Um maestro que enche uma sala. Enche-a de gestos enquanto fala. Enche-a de paixão – aquela com que fala do que faz. Enche-a de cultura. E enche-a de mundo. De vivências que já o levaram de batuta na mão aos quatro cantos do mundo.
Podíamos introduzir esta entrevista com a experiência que Ernst Schelle carrega, ou com os países onde já actuou. Mas não vamos fazer. Essa informação surge durante a conversa de forma natural. Compassada. Entra no tempo certo com a cadência devida e as nuances que a enriquecem.
Assim, ficamo-nos pela apresentação do maestro alemão que, hoje, vai dirigir a Orquestra da Beiras no concerto de abertura dos “Festivais de Outono’14”. Não lhe vamos poder transmitir os gestos largos com que acompanha as palavras. Não lhe vamos conseguir transmitir o olhar com que vislumbra o mundo por entre os finos cabelos brancos que lhe caem sobre os olhos enquanto fala. Mas tudo o resto vem nas palavras. A paixão. O conhecimento. A música, até.

Diário de Aveiro: Vem frequentemente a Aveiro. O que lhe parece a cidade?
Ernst Schell: Eu acho que Aveiro é uma cidade interessante. Além da sua arquitectura, penso que os alunos da Universidade dão-lhe uma grande dinâmica e energia.

Como vê o tratamento dado à música no nosso país?
Em Portugal, eu vejo que as pessoas que começam a trabalhar na área da cultura e da música, em particular, colocam tanta, mas tanta energia, que eu apenas posso dizer o trabalho árduo que fazem é muito bom. Não se pode avaliar ao certo, porque a cultura sempre custa dinheiro – e há políticos que dizem sempre que não se pode gastar dinheiro em cultura. Mas isso está completamente errado. A vida tem de ser equilibrada, e se não a equilibrarmos com coisas que das quais recebemos energia, a vida não vai funcionar. Nós vimos que muitos países, em muitos períodos, quando o equilíbrio falhou, a sociedade ruiu. Por isso, quanto mais se equilibrar a vida, melhor ela será – mesmo que isso custe dinheiro… que não se tem.


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